segunda-feira, 24 de agosto de 2015



procurei errado

corri de mim

mas voce jah estava

quando eu quis ver

que de tudo

faltava voce 

pra mim

meu sonho acabava

antes do fim


se eu me perder

escuta a minha voz

me encontra

na tempestade

gritei seu nome

voce ouviu


nao sei onde estava

nao sei pra onde vou

soh espero seguir

e que voce me acorde



Przemyslaw Stradczuk

terça-feira, 18 de agosto de 2015



e se eu encontrasse sua porta
e a chave sobressalente
se eu entrasse
e ferisse suavemente
fizesse frases inteiras
e terminasse adverbialmente?

e se com os lábios secos
sobre o seu nariz
brancos do sal da nossa culpa
soprasse pra bem longe
antigas disciplinas
regras
falsas intimidades?

e se eu plantasse a minha árvore
nas suas terras
meu livro
nos seus olhos
e pudesse sonhar novamente?





em queda livre
sem presente
de passado
e de futuro ausente
desviam-se de mim
o mais crente
e o menos vil

sou a ferida
que não se sente
um espinho
no sapato sem uso
uma gota
de veneno
somente

fiz diferença entre a alma
e o espírito
chamei de mentira
verdades antigas
consolo inerente

faltou a palavra
clara
estridente
aquela que falasse
com a gente