sexta-feira, 28 de setembro de 2012

como se constroi tanta segurança? quando e como começa o desrespeito no mundo globalizado? que bases garantem a legitimidade de agressoes fisicas? aprendi que o senhor, o Deus de abraao, meu Deus, nao aprova a idolatria, que espera o isla ao procurar defender a imagem de seu profeta? vi o meu profeta e messias coberto com um lençol arco-iris na cena da crucificaçao, beijando o buddha, fumando um baseado na santa ceia (trocando ideia com o bob), pedindo duas cervejas, que aconteceria depois de um codigo da vinci de vies muçulmano? maome eh um servo do senhor, nao age em causa propria, procurou fazer a obra de Deus, nao cabe aos homens protege-lo. alem disso, desse ponto de vista espiritual, nao deixo de considerar intençoes politicas, eleiçao nos eua, saia justa para o obama, diplomacia "impossivel"...

"... descansa no senhor, e espera nele; nao te enfades por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa maus designios." salmos 37, 7

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

personagem e universo visual. (entender atores sendo personagens.) contexto e sentimentos previos da poesia. possibilidade visual. quem somos. Deus seja por meu caminho.

terça-feira, 17 de julho de 2012

epistolografia

terça-feira, 10 de abril de 2012

pascoa no facebook

(no que voce estah pensando?) ... nas duvidas misticas que chegam pelo face, na ironia vulgar, nos ataques infantis ao cristo Jesus.
o povo de israel recebeu algumas orientaçoes quando o senhor preparava sua saida do egito, sua libertaçao... deveriam comer determinada carne e nao comer pao de massa fermentada... nao eh facil ser livre, nao eh facil deixar de ter algo ou alguem em que depositar culpa, mesmo vendo o que aconteceu contra o egito, o caos extremo que se estabeleceu, o povo de israel, entre o exercito egipcio e o mar, temeram, reclaram, fizeram ironias contra moises... eu poderia tentar fazer associaçoes entre os simbolos e cuidados do tempo de moises e o sacrificio de Jesus, mas nao quero correr esse risco, o ego tem muitas faces, nao vejo em mim poder para elucidar coraçoes endurecidos, inteligencias privilegiadas... alem disso, poderia tambem tentar encontrar os paralelos de hoje no que diz respeito aa vontade de nao mudar para aquilo que estah alem da iludida sensaçao de controle... nao quero me preocupar com isso, sentir que tenho essa missao, nao sao as minhas palavras capazes de demover tantos de tantas certezas. no que diz respeito a mim, nao penso em encontrar uma relaçao espiritual que me pareça conveniente, que "bata" com aquilo que penso. hoje experimento outra forma de pensar, nao sei estabelecer uma linearidade com aquilo que me parecia logico, eh outro universo, nao ha isso que levou aaquilo, isso evoluindo naquilo!... e nao acredito que o ser humano deva confiar tanto em si mesmo, nas seguranças que encontra, no guiar-se por si, ha diversos momentos em que o que deve ser feito se distancia totalmente daquilo que gostariamos de fazer. nao estou preocupado em me agradar, em qualificar essa ou aquela tradiçao, carne ou peixe, coelho ou cordeiro, crocante ou trufado, nao me interesso em buscar o que me cabe, o que me serve, antes espero ter serventia... mas sou vitima ainda de falta de humildade, julgo o tipo de chilique que se levanta, aquele que se opoe com tanta economia de inteligencia, usando esse mar de mensagens prontas, essa valentia palida, massificada, esse rosnar com dentes de plastico (ateh bacalhau com aureola eu vi!). o ego cria logicas incriveis, levanta bandeiras ridiculas o mais alto que pode. lah em cima, bem no alto do mastro, nao haverah cordeiro, picanha, bacalhau, chocolate, soh a arrogancia estampada no pano vagabundo de uma vida vazia e muito cheia da segurança de muitas tardes de churrasco, cerveja, sapato novo e azaraçao... a ideia de liberdade estah bem deformada! de qualquer forma, chega o dia em que todos experimentam o sofrimento, a necessidade de se ver livre do "jugo do egito", dos proprios demonios, das proprias certezas, dos proprios egos. a essa altura, tenho convicçao de que a cerveja nao serah mais tao gostosa, a picanha sangrando no prato do brother nao serah tao importante, o azeite certo nao farah diferença.

sábado, 7 de abril de 2012

por causa do otimismo pos-guerra

nasci num mundo estranho, logo percebi que teria problemas, que seria dificil viver. meus pais eram de 1935 e 44, ambos nascidos de europeus assustados, fingindo otimismo para justificar a vergonha de ter fugido de suas terras: maquiagem do medo. duas guerras desenharam a mente ansiosa por liberdade de que eles dispunham; fui criado sem imposiçoes, no geral as familias catolicas que se formam depois dos anos 60 sao assim, alem de religiosos de casamento, batizado e funeral... de qualquer forma, quero dizer que esse otimismo abre portas demais, e para outras, ainda fechadas, dah chaves a perder de vista. inteligencia e intelectualidade sempre estiveram de braços dados pra mim, ateh o colegio dah uma força, entope o curriculo com informaçoes que sao mais esteticas que formadoras... e os valores sao tao confusos: que hah de merito num escritor que morre de tuberculose aos 27 anos por ter passado a vida adulta enchendo a cara toda madrugada? que merito ha nos textos desse cara? decerto estamos falando de pseudoarte, mas a formaçao de estilos cria essa ilusao de cultura quando na verdade o contato nao chega a muito alem de tecnica, delirio, drama histerico e ateh movimento sociologico. gostaria de ter sido educado com alguns crivos preestabelecidos, nao gostaria de ter lido textos da poesia de um suicida como se fossem perolas da cultura mundial. mas cresci assim, li mario de sah carneiro, florebela espanca, yukio mishima, todos suicidas. livro deveria ter tarja preta, vermelha, dosagem de insanidade... sei, estou soando adepto de alguma facçao arbitraria!... a verdade eh que nao vejo vantagem na liberdade cega, na falta de cuidado dos que vieram antes, gostaria de uma aula de ultra-romantismo que começasse por alertar o aluno de que se trata de uma fase da "literatura" em que o artesanato das letras foi usado para expressar sentimentos que muito provavelmente sao resultado da decadencia de alguma ilusao da cultura anterior... como soh se anda pra frente, pouco se repensam as classificaçoes de ontem, fica facil acreditar que isso ou aquilo eh genialidade, basta ser um dos primeiros da lista dos rotulados como representantes de determinado movimento... alguns movimentos da sociedade podem explicar uma infinidade de produtos hoje tidos como obras literarias, o tedio beatnik por exemplo deu nome a tantas coisas, que uma serie de universos seguintes nao precisou se preocupar com classificaçoes, o passado de um (ou tres) estava desenhando o futuro de muitos, dah pra acreditar que um de seus genios criou o termo heavy metal? quantos fazem parte de uma classificaçao equivocada ou passam a "criar" por causa da ideia que fazem de um nome que se passou na cabeça desse ou daquele "genio"? vejo uma ansia intelectual querendo enquadrar, e a gerar conteudo para areas que acabam sendo estruturadas com um discernimento improprio, muitos textos que figuram como patrimonio do lirismo, do isso, do aquilo, deveriam ser quando muito elementos de aprofundamento de historia, visao do microcosmo dela, ateh geografia politica!... mas a "arte" das letras virou lata de muito engano simplesmente por causa da falha na embalagem... nao adianta depois a semiotica rever valores dessa ou daquela "obra", sociologos usarem essa ou aquela referencia, o start falhou, a base, e a vaidade do autor, do editor, do leitor, transformou o diario de um historiador frustrado num best-seller da literatura — quanta carencia hah em nos! nao eh o caso de negar algumas maravilhas, autores que dao vida a palavras com espontaneidade, capacidade de traduzir os pensamentos mais escabrosos, o terror fica para a tecnica, para a formula, para a matematica — tanto do "autor" quando do analista —, e tudo isso para nada alem do fruto de uma experiencia pretensiosa e no maximo emblematica de um periodo. penso, depois disso tudo, que fica dificil "descer" o nivel, acreditei por muitos anos que ler james joyce era obrigaçao de todo ser que se importava com a cultura do mundo, nao daria pra me sentir intelectual sem essa bagagem, sem kafka, dostoievski, proust, t s eliot, rimbaud... enfim, a problematica da embalagem estah na maioria deles, e arte eh assunto pra render uns tantos textos de indignaçao. confusao aa parte, como fazer um cara assim aceitar a feh? e eh da feh em Deus que estou falando, no Deus de abraao, de israel (jacob), o senhor dos exercitos, o Deus da torah, da biblia. em outro momento da minha vida, e por muito tempo, falei que feh era para ignorantes. hoje peço para que ateh da minha memoria celular sejam apagadas essas ilusoes de cultura, de intelectualidade, de inteligencia, quero ser livre de ser livre, de pensar para tantos lados (gerando sufoco no centro), do uso que o ego faz disso, das associaçoes complexas que esse mar de informaçoes mal classificadas eh capaz de gerar. tenho visto coisas que sao dificeis de aceitar pela razao, e mais pela razao afogada no ego do bem-informado... preciso de uma amnesia violenta ou de uma injeçao de humildade de açao em nivel atomico. a parte boa eh que existe uma formula na biblia, nao estrutural, longe disso, uma rota contra o ego, uma especie de cartilha capaz de atingir o ser humano por mais complexo que seja seu nivel de embriaguez, o em si mesmo mais perturbador, basta ter feh!... mas feh eh algo gratuito, e fica dificil entender aquilo que nao se pode comprar. portanto, quando seus niveis de intelectualidade, ego, inteligencia sao provados, doses de loucura acaba sendo inevitavel — a feh eh algo tao prejudicado, que soh a loucura pode dar um "reboot". estou falando a serio, fomos educados para morrer na ignorancia ou ressurgir loucos... ouvi de muitos intelectuais o comiserado respeito pelos aspectos historicos que a biblia encerra: tao espetaculares os recursos de defesa do nosso desejo de poder! no fim das contas, tudo se resume a poder, na ideia que se faz disso — outra coisa mal classificada! —, fica dificil para muitos aceitar um texto que diz que o poder eh de Deus! e em que maos deve estar? o poder da classificaçao pode nos aproximar (ou afastar) de um possivel nobel da literatura, ateh que se "criasse" o rotulo realismo fantastico, gabriel garcia marquez nao conseguiu publicar seus escritos. o aval veio do poder da midia? precisava ser criada uma classificaçao para a coisa ser oferecida, mas eu posso ser educado por suicidas? sohpordeus! isso eh um extremo, um polo, um genio, logo surge o artesanato, a escola garcia marquez... mais tarde, entra tudo no pacote, e a literatura abraça um outro mar de equivocados rotulos, copiadores criativos/apadrinhados, desvios de atençao, ilusoes de bolso, referencias de vaidade... Deus, eu imploro, de discernimento ao seu servo, afasta de mim a confusao, ponha a historia na historia, a esquizofrenia e suas vaidades na aula de ciencias, saude, psicologia, o suicida com tarja preta, o bebado no livro de estudos sociais, a mitologia longe do esoterismo, o marketeiro/mercadologo e seus livros de auto ajuda pegando poh na prateleira, as biografias dos fenomenos da midia em alguma campanha de papel higienico, os documentarios e teorismos com "severas" exigencias comparativas, o romance na ficçao de tarja vermelha e a ficçao sem o termo "cientifica". faz pela honra do teu nome a minha consciencia apta a entender o valor de se separar o joio do trigo agora que jah estao grandes.