quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

soh hoje




estou chorando
distancias infinitas,
tempos hereditarios,
agoras do nunca..
choro no campo dos vivos
as lagrimas invisiveis de um morto.

choro identidades perdidas,
"alguens" inventados
aa reverencia de uma aranha..
choro o "jamais em minha vida",
as vantagens num outrem,
o sucesso na experiencia,
as provas que nao fiz -
choro por achar que "vivesse"!.
por ter sido positivo,
por desprezo a inteligencias e moldes,
choro por ter me dedicado a vazios,
por ser cidadao.

soh hoje:
por aventuras culturais,
por cheiros e nomes bonitos,
sua alegria por coisas de mentira,
minha mae "ter um dia!",
o nao e o nem,
a confusao de tantos nortes,
a musica dos caminhos da gente,
os delirios teoricos,
o romantismo social.

amanha eu nao choro..


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